terça-feira, 27 de novembro de 2012
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Filha de um ativista ambiental, a pequena Severn Cullis-Suzuki fundou, aos 12 anos, a ECO,
Environmental Children's Organization. Por meio dela, arrecadou dinheiro e
conseguiu participar da ECO 92, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento que reuniu os principais e maiores líderes políticas do
mundo. E o que essa garota fez? Discursou por pouco mais de seis minutos e
falou verdades de doer.
O que ela faz hoje? É mãe de um menino, mora ao oeste do Canadá e ainda
é uma ativista. Além disso, é apresentadora de um programa de TV sobre a água e
os povos indígenas, e está envolvida no WeCanada, uma rede independente de
ONGs, ativistas, artistas e indivíduos, que buscam engajar os canadenses em
questões ambientais e demandar compromissos de seus políticos. E, claro,
pretende voltar ao Rio na próxima conferência sobre meio ambiente que acontece
em 2012.
Confira trechos do discurso de Severn e entenda porque suas palavras "calaram o mundo", como as pessoas gostam de dizer.
"Em minha vida, eu sonhei em observar grandes manadas de animais
selvagens, selvas e florestas repletas de pássaros e borboletas, mas agora eu
imagino se eles ainda existirão para que meus filhos possam vê-los. Você tinha
que se preocupar com essas pequenas coisas quando tinham minha idade?"
"Eu sou apenas uma criança e eu não tenho todas as soluções, mas eu
quero que percebam que nem vocês as têm! Vocês não sabem como consertar os
buracos na camada de ozônio. Não sabem como trazer o salmão subir um riacho morto.
Não sabem como trazer um animal extinto de volta à vida. E vocês não conseguem
recuperar uma floresta onde agora há um deserto. Se vocês não sabem como
consertar, parem de destruir!"
"Na escola, desde o jardim de infância, nos ensinam como nos comportar
no mundo. Vocês nos ensinam a não brigar com os outros, a resolver os
problemas, a respeitar os demais, a limpar a nossa bagunça, a não machucar
outras criaturas, a compartilhar - não ser ganancioso. E então por que é que
vocês vão e fazem tudo aquilo que pediram para a gente não fazer? Não se
esqueçam porque vocês estão aqui, nessa conferência, por quem vocês estão
fazendo isso: nós somos os seus próprios filhos. Vocês estão decidindo em que
tipo de mundo nós vamos crescer."
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Lindonéia-Caetano Veloso
Na
frente do espelho
Sem que ninguém a visse
Miss
Linda, feia
Lindonéia desaparecida
Sem que ninguém a visse
Miss
Linda, feia
Lindonéia desaparecida
Despedaçados,
atropelados
Cachorros mortos nas ruas
Policiais vigiando
O sol batendo nas frutas
Sangrando
Ai, meu amor
A solidão vai me matar de dor
Cachorros mortos nas ruas
Policiais vigiando
O sol batendo nas frutas
Sangrando
Ai, meu amor
A solidão vai me matar de dor
Lindonéia,
cor parda
Fruta na feira
Lindonéia solteira
Lindonéia, domingo, segunda-feira
Lindonéia desaparecida
Na igreja, no andor
Lindonéia desaparecida
Na preguiça, no progresso
Lindonéia desaparecida
Nas paradas de sucesso
Ai, meu amor
A solidão vai me matar de dor
Fruta na feira
Lindonéia solteira
Lindonéia, domingo, segunda-feira
Lindonéia desaparecida
Na igreja, no andor
Lindonéia desaparecida
Na preguiça, no progresso
Lindonéia desaparecida
Nas paradas de sucesso
Ai, meu amor
A solidão vai me matar de dor
No
avesso do espelho
Mas desaparecida
Ela aparece na fotografia
Do outro lado da vida
Mas desaparecida
Ela aparece na fotografia
Do outro lado da vida
Metade
Oswaldo
Montenegro
|
Metade
Que a
força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.
E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.
E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também.
Arte Funcional
Eis a prova definitiva de
que Nova Iorque é uma cidade nua” é o título um tanto quanto sensacionalista
que o New York Post escolheu para qualificar a instalação nudista feita pelo
fotógrafo Zach Hymann, feita em meio aos apáticos novaiorquinos.
Ora, é sabido que a Big
Apple é famosa no mundo por permitir o
Topless feminino nas suas ruas, então não é
de estranhar que um fotógrafo promova streaps teases públicos, com direito a
pole dance nas barras verticais de apoio do trem.
A performance da atriz Jocely Sandana de 19 anos, durou exatamente 30 segundos,
tempo suficiente para que o
fotógrafo obtivesse 10 fotos em cada sessão. A reação da maioria dos
passageiros, como é praxe em Nova Iorque, foi de atitude blasé,
indiferença, exceto por uma mulher que começou a gritar e um idoso que começou
a tremer.
O fotógrafo diz que retratar mulheres nuas em público é muito mais fácil do que homens, já que as pessoas tendem a recepcionar a nudez feminina com sorrisos, assobios e até aplausos, ao passo que geralmente se chocam diante da visão do pênis.
A epopéia de Zach nos trens pode nos levar a refletir sobre as utilidades da arte. E uma delas é chocar os espectadores, que durante a súbita ação são arrancados das suas rotinas cinzentas por um acontecimento que provavelmente jamais se repita nas suas vidas. Uma bela jovem deixa cair o seu robe em meio aos passageiros atônitos/anônimos e lhes confere instantes vertiginosos de individualização.
Hymann apresentará o
resultado do seu trabalho numa exposição de fotografias na Galeria Maiden, onde
reúnirá uma seleção das 14 melhores poses. Mesmo que a proposta tenha sido
extremamente singela, o fotógrafo conseguiu mobilizar uma boa mídia em torno do
seu projeto, certamente por ter usado como matéria prima o produto mais
vendável já inventado até hoje: a nudez feminina.
A performance da atriz Jocely Sandana de 19 anos, durou exatamente 30 segundos,
O fotógrafo diz que retratar mulheres nuas em público é muito mais fácil do que homens, já que as pessoas tendem a recepcionar a nudez feminina com sorrisos, assobios e até aplausos, ao passo que geralmente se chocam diante da visão do pênis.
A epopéia de Zach nos trens pode nos levar a refletir sobre as utilidades da arte. E uma delas é chocar os espectadores, que durante a súbita ação são arrancados das suas rotinas cinzentas por um acontecimento que provavelmente jamais se repita nas suas vidas. Uma bela jovem deixa cair o seu robe em meio aos passageiros atônitos/anônimos e lhes confere instantes vertiginosos de individualização.
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