segunda-feira, 21 de maio de 2012

Arte Funcional

Eis a prova definitiva de que Nova Iorque é uma cidade nua” é o título um tanto quanto sensacionalista que o New York Post escolheu para qualificar a instalação nudista feita pelo fotógrafo Zach Hymann, feita em meio aos apáticos novaiorquinos.
Ora, é sabido que a Big Apple é famosa no mundo por permitir o Topless feminino nas suas ruas, então não é de estranhar que um fotógrafo promova streaps teases públicos, com direito a pole dance nas barras verticais de apoio do trem.

A performance da atriz Jocely Sandana de 19 anos, durou exatamente 30 segundos,
tempo suficiente para que o fotógrafo obtivesse 10 fotos em cada sessão. A reação da maioria dos passageiros, como é praxe em Nova Iorque, foi de atitude blasé, indiferença, exceto por uma mulher que começou a gritar e um idoso que começou a tremer.

O fotógrafo diz que retratar mulheres nuas em público é muito mais fácil do que homens, já que as pessoas tendem a recepcionar a nudez feminina com sorrisos, assobios e até aplausos, ao passo que geralmente se chocam diante da visão do pênis.

A epopéia de Zach nos trens pode nos levar a refletir sobre as
utilidades da arte. E uma delas é chocar os espectadores, que durante a súbita ação são arrancados das suas rotinas cinzentas por um acontecimento que provavelmente jamais se repita nas suas vidas. Uma bela jovem deixa cair o seu robe em meio aos passageiros atônitos/anônimos e lhes confere instantes vertiginosos de individualização.
Hymann apresentará o resultado do seu trabalho numa exposição de fotografias na Galeria Maiden, onde reúnirá uma seleção das 14 melhores poses. Mesmo que a proposta tenha sido extremamente singela, o fotógrafo conseguiu mobilizar uma boa mídia em torno do seu projeto, certamente por ter usado como matéria prima o produto mais vendável já inventado até hoje: a nudez feminina.

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