Arte Funcional
Eis a prova definitiva de
que Nova Iorque é uma cidade nua” é o título um tanto quanto sensacionalista
que o New York Post escolheu para qualificar a instalação nudista feita pelo
fotógrafo Zach Hymann, feita em meio aos apáticos novaiorquinos.
Ora, é sabido que a Big
Apple é famosa no mundo por permitir o
Topless feminino nas suas ruas, então não é
de estranhar que um fotógrafo promova streaps teases públicos, com direito a
pole dance nas barras verticais de apoio do trem.
A performance da atriz Jocely Sandana de 19 anos, durou exatamente 30 segundos,
tempo suficiente para que o
fotógrafo obtivesse 10 fotos em cada sessão. A reação da maioria dos
passageiros, como é praxe em Nova Iorque, foi de atitude blasé,
indiferença, exceto por uma mulher que começou a gritar e um idoso que começou
a tremer.
O fotógrafo diz que retratar mulheres nuas em público é muito mais fácil do que
homens, já que as pessoas tendem a recepcionar a nudez feminina com sorrisos,
assobios e até aplausos, ao passo que geralmente se chocam diante da visão do
pênis.
A epopéia de Zach nos trens pode nos levar a refletir sobre as utilidades
da arte. E uma delas é chocar os
espectadores, que durante a súbita ação são arrancados das suas rotinas
cinzentas por um acontecimento que provavelmente jamais se repita nas suas
vidas. Uma bela jovem deixa cair o seu robe em meio aos passageiros
atônitos/anônimos e lhes confere instantes vertiginosos de individualização.
Hymann apresentará o
resultado do seu trabalho numa exposição de fotografias na Galeria Maiden, onde
reúnirá uma seleção das 14 melhores poses. Mesmo que a proposta tenha sido
extremamente singela, o fotógrafo conseguiu mobilizar uma boa mídia em torno do
seu projeto, certamente por ter usado como matéria prima o produto mais
vendável já inventado até hoje: a nudez feminina.
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